
Meu querido irmão, o Prof. Ney Julião Barroso, hoje estaria completando 82 anos. Lutando com problemas coronarianos e ansioso por sobreviver, submeteu-se a uma operação cirúrgica (ponte de safena) à qual não resistiu, vindo a falecer no dia 15 de junho passado, para consternação de quantos o conheciam.
Por ocasião da missa de 7º dia, li, para os familiares e amigos, a oração que deixo aqui consignada:
ORAÇÃO PELO NEY
O poeta-filósofo disse que diante da Morte a única atitude cabível é o silêncio.
Mas eu quero quebrar este silêncio e mandar uma mensagem aos Anjos do Senhor, que pairam acima e além do mistério da Morte:
Ó legião de Anjos do Senhor, recebei em vossas alas a alma de meu irmão Ney Julião Barroso que nos deixou quando buscava prolongar sua existência em nossa companhia, tanto que ele queria viver e com isto nos dar a satisfação e o conforto de seu convívio. Quis um desígnio inapreensível que, apesar de toda a sua energia vital, de seu entusiasmo de sempre, de sua firmeza de vontade, ele não resistisse à derradeira luta.
Agora tendes, ó Anjos, em vossa companhia aquele que era o irmão amado, o confidente de todos os instantes, o vínculo familiar mais estreito, a lembrança da infância e da terra natal, o exemplo de todos os passos dados em direção à sua brilhante carreira e ao seu projeto de vida. Aos vossos olhos também está o cônjuge dedicado, o companheiro de todas as horas, as felizes e as amargas, e o pai ardoroso cujos filhos foram a mais alta razão de sua existência. Nós da família só poderíamos ceder esse espírito se fosse para alguma entidade mais alta e por isso tomai-o convosco, ó Anjos, para alívio de nossa dor e de nossa perda.
Também decerto os seus amigos, que eram muitos e fiéis, que se congraçavam com frequência para ouvi-lo e usufruir de sua jubilosa companhia, estes sentirão como nós a sua ausência, a graça de sua conversa, seus casos inesgotáveis, sua exuberante alegria de viver. Eles também gostariam de romper o bloqueio do silêncio e enviar-vos o pedido de que o Ney saiba o quanto sua presença nos faz falta.
E, por fim, grande professor que foi, que ilustrou as cátedras do Colégio Pedro II, seus ex-alunos que se transformaram também em seus amigos, que dele guardam a lembrança da eficiência, do seu dom de ensinar, de seu carisma de mestre amigo e conselheiro, seus ex-alunos se unem à minha voz para vos pedir, ó Anjos do Senhor, que guardeis com carinho e reverência a sua voz, a sua face e o seu sorriso.
A nós todos restará a saudade, além dessa sensação de que perdemos com ele um pouco de nós mesmos.
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