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Posts Tagged ‘william blake’

evening melhorX-Mas-0107

To the Evening Star

Thou fair-hair’d angel of the evening,

Now, whilst the sun rests on the mountain, light

Thy bright torch of love; thy radiant crown

Put on, and smile upon our evening bed!

Smile on our loves, and while thou drawest the

Blue curtains of the sky, scatter thy silver dew

On every flower that shuts its sweet eyes

In timely sleep. Let thy west wind sleep on

The lake; speak silence with thy glimmering eyes,

And wash the dusk with silver. Soon, full soon,

Dost thou withdraw; then the wolf rages wide,

And the lion glares thro’ the dun forest.

The fleeces of our flocks are cover’d with

Thy sacred dew: protect them with thine influence.

William Blake

À Estrela Vésper

Louro anjo vespertino, agora enquanto o sol

Repousa na montanha, acende o teu brilhante

Facho de amor; na fronte, a lúcida coroa

Cinge, e sorri à nossa alcova adormecida.

Sorri ao nosso amor! e enquanto descerrares

O cortinado azul do céu, derrama o argênteo

Orvalho em cada flor, cujos olhos se fecham

Ao sono. Faze o vento adormecer no lago.

Pede silêncio com teus olhos bruxuleantes

E lava a escuridão com tua prata. Em breve,

Em breve partirás: feroz já uiva o lobo

No descampado e ronda o leão na mata escura.

O velo do rebanho está coberto com

Teu santo rorejar: protege-o com teu fluxo.

 Tradução de Ivo Barroso

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Para quem nunca ouviu falar de William Blake – eis um livro pedagogicamente útil: contém um prefácio, escrito em linguagem acessível, sem os mata-burros da erudição nem os quebra-molas das citações frequentes, que permitirá ao leitor situar-se com facilidade no cenário histórico-geográfico-sociológico do poeta inglês, saber algo de sua vida e conhecer o significado e a importância de sua obra. O leitor iniciante poderá perguntar que importância teria Blake para o mundo moderno e, mais ainda, para o Brasil de hoje, tão curiosamente à parte do estágio cultural de outras regiões. Blake é um precursor, um pré-vidente do mundo moderno, um revolucionário, um defensor do individualismo, da liberdade sexual, de um papel mais relevante para a mulher – e sua poesia influenciou poetas de grande importância para o avanço das concepções e técnicas poéticas, como Walt Whitman e Dylan Thomas, para ficarmos só aí. A leitura de sua obra poderá mostrar ao leitor brasileiro como é possível fazer poesia social, religiosa ou filosófica sem o comprometimento, a falsidade ou o ranço de muitos poetas nossos e alheios que tentaram esses caminhos. Porque Blake fazia versos para os simples, com os elementos da natureza, ainda que ouvisse, acima das nuvens, as vozes dos anjos. Cultivando um cristianismo todo pessoal, ou quase, o oposto daquele pela inversão temática de seus valores e símbolos ou pela fusão de seus contrários, Blake via na repressão dos desejos uma fonte de coerção do progresso individual e social, e na imaginação a presença de Deus (ou o próprio Deus) no homem. E, ao escrever sobre o que seria a outra face do cordeiro – o tigre –, Blake atinge uma das culminâncias da poética universal, pela densidade, a sinergia, a cinemática, a musicalidade, o ritmo gestáltico do verso. Logo, tem muito a ver, tanto para os principiantes quanto para os entendidos. E para quem conhece Blake, em inglês, o texto é provocativo e enseja a oportunidade de verificar como o tradutor se saiu de algumas das facilidades difíceis de um estilo que buscava ao mesmo tempo a simplicidade e a força oracular da mensagem bíblica.

William Blake nasceu em Londres a 28 de novembro de 1757, segundo filho de uma família pequeno-burguesa, que explorava o comércio de malharia.O menino William jamais foi à escola, mas isto não lhe despertou ressentimentos, talvez mesmo o contrário; em suas Canções da experiência ele descreve um estudante, a quem considera vítima, e cujos pais o obrigam a ir à escola, pois o próprio Blake dirá mais tarde “a instrução não serve para nada. Considero-a um mal – o maior dos pecados”. Blake acreditava no autodidatismo, nos pendores naturais do ser humano. Desde criança interessa-se pelo desenho, copiando gravuras, exercitando-se no traçado de homens e animais. Aos 14 anos torna-se aprendiz do gravurista Basire, para satisfação do pai que vê nesse ofício uma ocupação mais sólida, menos “aleatória” que a de pintor. Aos 21 anos, Blake deixa o ateliê de Basire para se estabelecer por conta própria, embora continue a morar na casa dos pais. Ganha a vida fazendo gravuras para revistas como a Novelist’s Magazine e Ladies’ Magazine. Por algum tempo, frequenta a Royal Academy, que havia sido então criada, mas logo se rebela contra seus métodos de ensino que privilegiavam a cópia de modelos, que Blake dizia enfraquecerem, matarem e destruírem a Imaginação”. Seu interesse se volta para a Idade Média gótica e o cristianismo, estando a Vida de Santa Tereza entre seus livros prediletos. Mas se entusiasma igualmente pela arte grega, influenciado por seu amigo John Flaxman, que preconizava um retorno aos modelos clássicos da Antiguidade. Em 1782, Blake casa-se com Catherine, filha iletrada de um feirante de flores, indo constituir seu próprio lar, já que o pai considerava esse casamento desastroso. Em 1784, com a morte deste, vem residir numa casa vizinha, tendo seu irmão mais velho ficado com a morada paterna. Blake associa-se com seu velho amigo James Parker na produção de gravuras e toma como aluno seu irmão mais novo, Robert, que falece três anos depois. A morte do irmão vai marcá-lo profundamente, dando origem às “aparições” que Blake alegava ver. Foi em 1783 que Blake produziu sua primeira coletânea de versos, os Poetical Sketches, graças à ajuda da senhora Mathew, esposa de um pastor protestante e amiga do sempre fiel John Flaxman; mas esse apoio financeiro foi logo retirado, pelo espanto que as idéias originais do autor provocavam em sua protetora. Blake teve de se tornar seu próprio editor, gravando o texto e as ilustrações de seus poemas. O poeta atribuirá a um sonho em que lhe aparece o irmão Robert a invenção dessa nova técnica editorial, por ele denominada illuminated printing [chapas coloridas]. Foi assim, de 1790 a 1793, com gravuras realçadas por tintas de sua fabricação, que ele compôs os poucos volumes de The Marriage of Heaven and Hell. Com esse livro, Blake pretendeu escrever uma nova Bíblia, ou antes uma anti-Bíblia, pois chega a evocar algures uma “Bíblia do Inferno”. Profundo conhecedor e estudioso dos livros sagrados e da Cabala (aprendeu o hebraico para lê-la no original), Blake contesta a Ordem de ambas as religiões, judaica e cristã, opondo-lhes, como poeta, uma transgressão inusitada. A princípio grande apreciador da doutrina de Swedenborg, o místico e teósofo sueco, passa em seguida a criticar seus ensinamentos, criando um Messias negativo e transgressor da lei; numa antecipação da doutrina psicanalítica de Freud, advoga que os desejos reprimidos “procriam a pestilência”; defende veementemente a liberdade do Homem, tanto no campo das idéias quanto em sua condição de ser humano; entusiasta das revoluções Francesa e Norte-Americana, prevê um futuro em que a ordem social se encaminharia para a igualdade das classes sociais e dos sexos, defendendo também a liberdade e a participação da mulher na vida social. “Trata-se de um delírio”, pergunta Alain Suied, seu tradutor francês, “Blake, como poeta, sabe que sob essa palavra delirante, mitológica, se desenrola uma rigorosa busca da Verdade”.

[Prefácio de minha tradução de “O Casameno do Céu e do Inferno”, editora Hedra,, de S.Paulo, em 2008 – originalmente publicado em Ideias – Jornal do Brasil – 01.05.1993 – com o título Vozes dos anjos na obra de Blake]

                                                                          ***

A PROPÓSITO DE ‘O TIGRE’, UM POEMA DE BLAKE JÁ AQUI PUBLICADO

Um dos primeiros post deste blog, em 27.09.2010, foi a tradução do poema “The Tyger”, de Blake, considerado um dos mais expressivos momentos de toda a poética universal. Recentemente, em 27.05.2011, o leitor Joedson Adriano, que teve a gentileza de deixar um comentário elogiando o post, enviou-me juntamente a sua tradução desse mesmo poema perguntando-me se ela “prestava”. Não me considero um analista de poesia, muito menos um julgador de poemas; acho que todas as tentativas de tradução são válidas e portanto prestáveis. Mas, em relação a esse poema de Blake, seria forçoso considerar algumas premissas: Trata-se de um poema compacto, expresso em quadras de sete sílabas, com rimas em parelhas, estrutura que permite a condensação pretendida pelo poeta, à qual acrescenta um efeito multiplicativo (uma espécie de combustão interna) obtido pelas aliterações. Vejamos: Ty/ger, /Ty/ger/ bur/ning/ bright, (literalmente: “Tigre, tigre, queimando brilhante”, ou, com mais requinte tradutório, “Tigre, tigre, um brilho ardente) — versos que tentei reproduzir com Ti/gre /Ti/gre / to/cha / tesa. Ora, tocha tesa não é o mesmo que burning bright , mas o “queimando brilhante” e mesmo o “brilho ardente” não seriam uma boa solução poética, já que lhes falta o poder de síntese, a justeza do ritmo e a força da aliteração conseguidos pelo poeta. Depreende-se, logo, que, numa tradução de poesia, está em jogo mais a “forma” como foi dito do que apenas aquilo que se disse. Voltemos à prosa: “Tigre, tigre, queimando vivo nas florestas da noite” é algo que nem de longe chega à beleza, à cadência e à expressividade daquele Tyger, tyger burning bright in the forests of the night, efeitos que, além de tudo parecem reproduzir o ritmo das passadas do tigre avançando pela floresta noturna. (Essa cadência, como se disse, é obtida no original com a utilização de versos de sete sílabas). Então, podemos dizer que com Tigre, tigre, tocha tesa na noite da selva acesa nos aproximamos muito mais não só do que foi dito, mas da maneira como foi dito. É a isto que o Prof. Antônio Houaiss chamava de isotopias. Qualquer tentativa de usar versos mais longos (maior número de sílabas) vai prejudicar o (digamos ) “andamento” do poema, diminuindo-lhe a força de expressividade (ou seja, a tensão) pretendida (e obtida) por Blake. Daí é fácil concluir-se que nenhuma tradução em prosa de um poema poderá exprimir a sua “equivalência” literária. Sirvam de exemplo as traduções que Baudelaire e Mallarmé fizeram do poema O Corvo, de Edgar Allan Poe, em que reproduzem fielmente a (digamos) “narrativa” do poema, mas não conseguem captar o impacto resultante do ritmo, da música soturna, do refrão, das rimas tríplices, etc. do original. Resumo: um poema será bom ou bem traduzido se conseguir transmitir a “emoção” decorrente do fundo+forma do original. Então, meu caro Joelson, sem levarmos em conta essas tecnicalidades, podemos dizer que sua tradução é bastante boa, pois consegue reproduzir muito do que “foi dito”, e se aproxima um pouco da maneira “como o foi”, embora vez por outra fuja ao diapasão vocabular do original (o substantivo “anoitecido”, por exemplo, é algo mais rebuscado do que a simples night de Blake; e aquele “vogo” me parece inventado para efeito de rima.) Você demonstra aptidão para esse tipo de exercício poético e por isso gostaria de ver outros trabalhos seus.  

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É quase certo que o nosso Machado de Assis nunca ouvira falar de William Blake (1757-1827), quan­do publicou as suas Phalenas em 1870. Isso porque a obra de Blake permaneceu desconheci­da do público, mesmo em sua Londres natal, por quase meio século depois de sua morte. Al­guns de seus poemas foram li­dos, em vida do autor, apenas por uns poucos privilegiados que os manusearam em belos manuscritos em folhas soltas gravados e coloridos pelo pró­prio Blake: as suas Illuminated plates. Mas somente em 1874, quarenta e sete anos após sua morte, é que saiu a primeira edi­ção impressa de suas Canções da inocência e da experiência, de que vamos tratar. Cumpre dizer que já em 1863 esboça-se na Inglaterra o primeiro reco­nhecimento da obra genial de Blake, tanto a pictórica quanto a poética, quando Alexander Gilchrist publica a Life of Wil­liam Blake na qual afirma (em­bora timidamente e atribuindo a opinião a Fuseli e Flaxman, artistas contemporâneos de Bla­ke), que “tempo virá em que as primorosas gravuras de Blake serão tão apreciadas e enalteci­das quanto são hoje as de Mi­guel Angelo”. No livro, Gilchrist nos revela principalmente o homem-Blake, um gênio autodidata, rigorosamente do povo, que nasceu pobre e viveu pobre, sujeito em sua miséria a crises de loucura mansa segui­das de visões, que iriam consti­tuir o corpus posterior de sua estranha filosofia mística.

Além de poeta era gravador e seu talento foi reconhecido por um grupo de importantes figuras da época, que infeliz­mente preferiam encomendar­-lhe gravuras e ilustrações para livros alheios, às vezes medío­cres, temerosos de bancar os próprios escritos do poeta que lhes pareciam demasiado excên­tricos. Sua cabeça andava a mil, cheia de sonhos e mitos, e vários testemunhos de pessoas que o conheceram falam dele como de um verdadeiro “profeta vivo”; um visionário que tomava Swedenborg por mestre, mas não um mero nefelibata: tinha os pés no chão e enxergava as injustiças sociais de seu tempo, a escravização das camadas carentes de trabalho que afluíam a Londres com a industrializa­ção dos grandes centros; pena­lizava-o ver os pobres meninos que limpavam chaminés mor­rendo à míngua como anjinhos sujos de fuligem.

Os primeiros poemas de Bla­ke são letras de canções que ele próprio cantava, mas cujas me­lodias nunca foram escritas e re­fletem sua visão religiosa (mui­to pessoal) do mundo, sua mi­tologia, seus anseios sociais. Mas essa lírica é hoje posta em pé de igualdade com a poesia de Shakespeare, Chaucer e Milton, cujo Paraíso perdido Blake costumava ler em companhia da espo­sa, em trajes de Adão e Eva, embaixo da parreira que havia em seu quintal e que nunca per­mitiu fosse podada. Via na re­ligião um freio, um elemento de coerção, de inibição da ativida­de criadora e, se era capaz de entusiasmar-se com a Revolução francesa e com a americana (que celebrou em poemas), pensava antes e mais incisivamente na libertação do indivíduo através da conscientização de seu papel na sociedade e no mundo. Pregou a libertação sexual e era adepto de um lugar mais representativo para a mulher no lar e no trabalho. Seu vocabulário é o que há de mais simples e segue o modelo da Bí­blia (sua leitura predileta) no que respeita à força da imagem e do símbolo. Mas a poesia de Blake, pela sua simplicidade, e a sua filosofia, pelo seu caráter esdrúxulo, foram permanecen­do no limbo, só dele resgatadas já em nosso século, quando W. B. Yeats publica em 1903 seu ensaio William Blake and the Imagination, G. L. Keynes em 1925 e 1927 suas edições dos Writings em 3 vols. e a Prose and Poetry, M. Wilson em 1927 e T. Wright em 1929 as duas res­peitáveis biografias do poeta, e em 1947, já nos domínios uni­versitários, Northrop Frye sua Fearful Simetry: a Study of Wil­liam Blake. Igualmente, só no princípio do século o nome de Blake atravessa a Mancha: os primeiros estudos franceses de sua obra (F. Benoit e P. Berger) datam de 1906 e 1907.

Mesmo um leitor de eleição, que dominava línguas estrangeiras, como André Gide, só se inteira da obra fundamental de Blake, O Casamento do Céu e do Inferno, em 1922, quando escreve em seu Journal a 16 de janeiro: “Como um astrônomo que determina a existência de um astro cujos raios ainda não observou diretamente, eu pressentia Blake, mas não me dava conta ainda de que ele pertencesse à mesma constelação de Nietzsche, Browning e Dostoiévski, talvez a estrela brilhante desse grupo – sem dúvida alguma a mais estranha e a mais remota”. O entusiasmo de Gide foi de tal monta que já em junho daquele ano estava revendo as provas de sua tradução da obra… No Brasil, a chegada de Blake certamente ocorreu bem mais tarde, talvez na década de 40, com algum artigo de Carpeaux, e as primeiras traduções que vão aparecer nos anos ´50.

Nesse contexto, pois, é quase impossível que Machado de Assis, não obstante sua familiaridade com poetas da estirpe de Poe, tivesse conhecimento seja mesmo da existência de Blake, para não falarmos do texto em inglês de seus poemas. No entanto, há na obra de Machado, uma poesia, publicada na edição de Phalenas, de 1870, que apresenta uma curiosa semelhança com um dos mais belos e sintéticos poemas de Blake. Trata-se de The sick rose, constante das Canções da expe­riência, cujo original damos a seguir, ao lado de uma tradução quase literal, mantendo o ritmo (equivalente ao nosso verso de 5 sílabas), mas sem as rimas dos versos pares existentes em in­glês:

Rose, thou art sick!

 The invisible worm,

 That flies in the night,

 In the howling storm,

 

Has found out thy bed

Of crimson joy.

And his dark secret love

Does thy life destroy.

 

(Oh! Rosa, estás doente!

O verme invisível

Que voa de noite

No uivar da tormenta

 

Achou tua alcova

De rútilo gozo:

Negro amor oculto

Te destrói a vida.)

 

O mais curioso é que a poesia de Machado também se estrutura em quadras, só que quatro em vez de duas, com versos setissílabos e rimas do esquema abab/abba:

 

Existe uma flor que encerra

Celeste orvalho e perfume.

Plantou-a em fecunda terra

Mão benéfica de um nume.

 

Um verme asqueroso e feio

Gerado em lodo mortal,

Busca essa flor virginal

E vai dormir-lhe no seio.

 

Morde, sangra, rasga e mina,

Suga-lhe a vida e o alento;

A flor o cálix inclina;

As folhas, leva-as o vento.

 

Depois, nem resta o perfume

Nos ares da solidão…

Esta flor é o coração,

Aquele verme o ciúme.

 

Os elementos constituintes do poema de Blake e de Machado são os mesmos: o verme (invisível, em Blake; asqueroso, em Machado), que busca/acha a rosa/flor, vai dormir-lhe no leito/seio e a destrói/suga-lhe a vida. A diferença fundamental é que Blake está falando efetiva e sinteticamente da rosa e do verme, enquanto Machado procura nesses elementos os símiles do coração e do ciúme. Embora o tema seja um clichê do arsenal lírico/romântico, não se pode negar que a proximidade seja curiosa#.

(Posfácio de “O Casamento do Céu e do Inferno”, de William Blake, Editora Hedra Ltda., SP, 2010)

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