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Posts Tagged ‘livros raros’

Momento em que o palestrante fazia a entrega oficial da Coleção Rimbaud ao Centro Cultural Banco do Brasil, representado na cerimônia pelo seu diretor Luiz César Rossato.

TEOR DA PALESTRA

Para os leitores da Gaveta que não puderam comparecer ao evento e para aqueles que residem fora do Rio reproduzimos aqui as linhas gerais da palestra que ensejaram várias complementações de improviso.

A entrega oficial que faço nesta solenidade ao CCBB de minha coleção de livros de e sobre Rimbaud, e sobre os quais tecerei algumas considerações nesta palestra, foi precedida de outra manifestação que merece registro.

Precisamente neste mesmo dia 22 de novembro, em 1998, o CCBB abria suas portas para um evento que se denominou “Semana Rimbaud”, em homenagem ao 140º aniversário da data de nascimento do poeta de Charleville. Um belo estandarte com a imagem estilizada do poeta descia do topo da abóbada até quase o chão da pérgula deste Centro Cultural. Houve uma exposição bioiconográfica, documentando a trajetória de Rimbaud, desde suas primeiras incursões literárias até sua ida para o continente africano, incluindo reproduções de manuscritos, fotografias e livros; uma sala de exibição de slides e declamação de poemas em francês e em português, e duas conferências sobre a obra-vida do poeta e a experiência de traduzi-lo em português. Houve também o lançamento do segundo volume de suas obras completas – o Prosa Poética – editado naquele ano pela Topbooks, que já havia lançado dois anos antes o volume primeiro, das Poesias Completas. O CCBB resgatava, assim, de forma brilhante uma das figuras mais icônicas da poesia francesa – para não dizer universal –, afirmando com isto sua condição de divulgador cultural em todas as áreas.

Agora, transcorridos catorze anos daquele evento, o CCBB volta a festejar a figura do Poeta no momento em que coloca à disposição dos leitores em sua biblioteca a coleção de livros sobre a vida e obra de Rimbaud, que seu tradutor aqui presente vem de doar a esta instituição. São livros amealhados num espaço de tempo que remonta ao ano de 1954, quando levei ao editor do Suplemento Dominical do Jornal do Brasil uma tradução do Soneto das Vogais, que eu achara numa revista. Ele argumentou que o soneto já havia sido traduzido diversas vezes em português e que era melhor eu traduzir outro poema que fosse menos conhecido. Encontrei na livraria franco-italiana que funcionava na Faculdade de Filosofia, onde eu estudava, e onde é hoje a Maison de France, esta pequena antologia de suas obras organizada por Claude Edmonde-Magny, na coleção poètes d´aujourdhui, editada pela Pierre Seghers em 1952. Este livro foi a porta mágica que me introduziu ao mundo de Rimbaud. O achado, nele, de Une Saison en Enfer me transtornou de tal forma que passei a ler sistematicamente tudo o que pudesse encontrar sobre o poeta e sua obra. Quinze anos depois, em minha primeira ida a Paris, corri para as margens do Sena em busca dos famosos bouquinistas para adquirir, por 5 francos, aquela edição que era considerada a bíblia rimbaldiana dos estudantes pobres: o Poesies, das edições Aux Quais de Paris, de 1966, livro que me acompanhou por quase 50 anos em todos os lugares em que morei, até esta data em que irá ocupar uma estante da biblioteca deste Centro Cultural Banco do Brasil.

Em 1973 eu já me considerava um cultor da poesia de Rimbaud e possuía uma boa dezena de livros, inclusive a Obra Completa, editada por Antoine Adam para a Bibliothèque de la Pléiade em 1972. Então fui procurado pelo editor da Civilização Brasileira para que eu traduzisse a Saison. Ora, já havia duas traduções anteriores, publicadas no Brasil cerca de vinte anos antes. Mas o editor queria uma NOVA tradução e fazia questão de que os poemas entremeados na prosa do Poeta fossem traduzidos em versos equivalentes, rimados e metrificados, o que não ocorrera nas versões anteriores. E mais, que a tradução ficasse pronta naquele mesmo ano de 1973 para ser lançada em 1974, por ocasião do centenário de nascimento de Rimbaud. Em circunstâncias pouco favoráveis, pois me preparava naquele ano para ir morar no Exterior, acabei passando realmente por um inferno para traduzir, em pouco mais de um mês, aquele livro perturbador, definitivo, que inaugurava uma nova linguagem na poesia universal.

Aguardei em Lisboa, onde então morava, o lançamento da obra que estranhamente só ocorreu em 1977, quatro anos depois… Com uma segunda edição saída em 1983, animei-me com a boa acolhida daquela e convenci-me de que devia traduzir as poesias completas de Rimbaud, mas ainda que tivesse sérias hesitações quanto às Iluminações, que considerava intraduzíveis. E toca a comprar, a ler, a anotar tudo quanto era livro de e sobre Rimbaud que me aparecia pela frente.

Minha longa permanência no Exterior permitiu-me adquirir praticamente as obras fundamentais de que necessitava, tais como todas as edições das obras completas em francês: a da Pléiade, a da Garnier, Oeuvre-vie, de Alain Borer, 1991, e até a de Pierre Brunel, do Livre de poche. Mas não fiquei nas francesas, adquiri todas as edições completas italianas (quatro), as de línguas inglesa e espanhola, e até mesmo um volume Lyrik och prosa, traduções de Gunnar Ekelöf, em sueco, quando morei em Estocolmo, de 1983 a 1988. Aqui um intermezzo curioso: eu queria saber como o tradutor sueco tinha resolvido a famosa questão do “Je est un autre”, que tanto perturba os tradutores das línguas latinas. O impacto da frase está exatamente na violentação da conjugação verbal, com o sujeito na primeira pessoa e o verbo na terceira, como se Rimbaud quisesse dizer, na sua linguagem inédita e pessoal: Eu não sou eu, o que chamam de eu é um outro ser. Pois bem: minha decepção com o sueco é que naquela língua o verbo não tem flexão e tanto Je suis (eu sou) Je est (eu é) são equivalentes Ik är, ham är, como se conjugássemos eu é, tu é, ele é, nós é… (bom, os mineiros às vezes dizem assim).

Em seguida passei a me interessar pelas biografias: tinha todas as francesas (a mais importante das quais é a de Jean-Jacques Lefrère, que só saiu em 2001 pela Fayard), a pioneira da estudiosa irlandesa Enid Starkie, a primeira a tratar o assunto com técnicas bibliográficas atuais, ou seja, valendo-se de documentos e não da tradução oral, e bem assim a mais recente, Graham Robb, publicada em 2000. A biografia de Enid Strakie, que saiu originalmente em 1947, permaneceu por muito tempo a fonte biográfica mais rigorosa de Rimbaud para despeito dos estudiosos franceses que só foram traduzi-la 35 anos depois. Mas não abri mão das anteriores, a de Paterne Berrichon, cunhado de Rimbaud,; a do coronel Godchot (obra raríssima) que fará um verdadeiro panegírico ao pai de Rimbaud, e não ao filho, que vê com grandes restrições; as de Rolland de Renéville, a fantasiosa Vie aventureuse de Rimbaud, bem como as memórias de seu amigo Delhaye e de seu professor Izambard. No campo da crítica analítica comprei desde logo as obras de Etiemble, Le mythe de Rimbaud, em vários volumes, bem como as da chamada “crítica psicanalítica”, responsável pela decodificação dos significados ocultos de Rimbaud. Interessei-me pela personalidade de Vitalie Cuif, a mãe de Rimbaud, figura polêmica sobre a qual adquiri os três livros então existentes.

Quando morei na França em 1989-94, já estava decidido e começara a traduzir a poesia completa de Rimbaud. Vasculhava as livrarias e bouquinistas à cata de livros sobre a obra, não raro me embaralhando com os argumentos às vezes conflitantes que os críticos teciam a propósito de seus trabalhos. Um dia, na Société des Amis de Rimbaud, que eu freqüentava para ler as revistas especializadas e as críticas mais recentes, fiquei conhecendo Alain Borer, um dos maiores estudiosos da obra do infernal garoto de Charleville. Sabendo de minhas constantes pesquisas e de minha intenção de traduzir a obra completa de Rimbaud, deu-me um conselho: “Pare de ler, procure esquecer o que já leu, concentre-se no texto pois ali está a palavra final e vá em frente. Se não, você jamais traduzirá essa obra sobre a qual todos os dias sai alguma nova interpretação.” Assim fiz, em 1992 vim ao Rio com a poesia completa traduzida e acabei encontrando o editor da Topbooks, que com entusiasmo se prontificou a editá-la, o que fez em 1994, insistindo para que eu continuasse com a obra completa, o que fiz lançando o segundo volume – Prosa Poética – na Semana Rimbaud deste CCBB, quatro anos depois.

Faltava o terceiro e último volume – A Correspondência. Rimbaud, depois de compor as Iluminações, deve ter percebido, com sua aguda consciência crítica, que havia atingido o ápice da poesia, que não havia nada mais além senão a repetição, o espelho de si mesmo. E abandona definitivamente a poesia para tentar enriquecer-se comerciando na África. Há cerca de 25 cartas que escreveu durante a sua “vida literária” e mais de uma centena que da África dirigiu a seus “familiares”, estas totalmente destituídas de qualquer nuance estilística. Aos seus “Chers amis” (caros amigos), como chamava a mãe e a irmã, relata suas atividades comerciais, seus deslocamentos, suas explorações de territórios virgens, seus problemas financeiros, funcionais e seu desesperado esforço em amealhar ouro para voltar rico à França a fim de viver de rendas. São aparentemente cartas de pouco interesse mas muito reveladoras da personalidade de Rimbaud. Muni-me de vasto material livresco para bem traduzi-las: todos os livros existentes sobre sua permanência na África (a Correspondence 1888-1891, de Jean Voellmy, o Rimbaud – l´heure de la fuite, de Alain Borer, as Lettres de la vie littéraire, de Jean-Marie Carré, Rimbaud da Arábia, Rimbaud na Abissínia, Rimbaud à Aden, Rimbaud ailleurs, Un sieur Rimbaud se disant négociant (obra raríssima de Alain Borer). Mas a tradução se arrastava, interrompida, eu queria ler mais e mais, esquecido da lição que antes tivera. Mas eu sabia o porquê. Conhecendo bem a biografia (as biografias) de Rimbaud, sabia que mais cedo ou mais tarde haveria de chegar no momento dramático em que lhe amputam a perna cancerosa no Hospital de la Concepcion, em Marselha. E sua angônica travessia do Harar a Warambot numa liteira, transportado por dezesseis carregadores por 300 quilômetros de deserto. Como voltar a essas cartas e à que sua irmã escreve à mãe Vitalie narrando a agonia do poeta?!

O livro saiu finalmente em 2009, perfazendo a trilogia, no mesmo ano em que se publicava na França pela primeira vez a edição integral dessas cartas, organizada por Jean-Jacques Lefrère.

A partir de então, toda vez que me sentava diante do computador, eu tinha à minha frente duas longas prateleiras de livros de e sobre Rimbaud, a maior parte deles trazendo sua imagem na lombada. Eu ainda não estava isento de sua presença mesmo depois de ter, ao longo de tantos, anos me dedicado à missão de traduzir-lhe a obra integral.

Alguns daqueles livros eram verdadeiras raridades: o de Paterne Berrichon, o cuhado, com o título Jean-Arthur Rimbaud, Le Poete, trazia a data de 1912, ou seja tinha um século de existência e provavelmente já estava comigo havia meio século. O Album Zutique, fac-simile do famoso caderno em que os Villains Bonshommes, amigos de Rimbaud e Verlaine, consignavam seus improvisos sob a forma de versos ou desenhos e no qual Rimbaud colaborou inúmeras vezes, com suas iniciais e pseudônimos, atribuindo essas produções aos seus desafetos. A tiragem desse álbum foi reduzidíssima, o que representa além de sua importância eminentemente artística um inestimável valor pecuniário. O que seria feito deles quando os meus olhos já não os pudessem ver? Temendo por um destino menos glorioso, resolvi em bom momento doá-los à biblioteca do Centro Cultural Banco do Brasil. Foi no Banco que fiz minha carreira profissional, nele passei 37 anos de minha vida, em nenhum outro lugar os livros estariam mais seguros e desempenhando um melhor papel cultural, já que sua leitura seria franqueada a outros que, como eu, se interessassem pela obra sem par desse Jean-Arthur Nicolas Rimbaud. Neste momento, faço a entrega oficial de todos os meus livros, revistas especializadas, publicações várias, tapes, manuscritos, os originais datilografados de minha tradução, e vários outros documentos no total de 170 itens ao Centro Cultural Banco do Brasil, onde sei que serão guardados com o mesmo zelo com que até hoje os conservei.

Surpreendeu o número de jovens que acorreram à palestra, dela participando ativamente com perguntas que se prolongaram por cerca de 45 minutos após a locução.

Os leitores que assim desejarem poderão fazer perguntas sobre a obra de Rimbaud como se estivessem presentes à palestra. As respostas serão dadas aqui mesmo na Gaveta.

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MEU LEGADO DE LIVROS-II

No dia 15/04/2011, declarei aqui neste blog minha intenção de deixar à biblioteca do Centro Cultural Banco do Brasil, na rua Primeiro de Março, no Rio de Janeiro, a minha “rimbaldiana”, ou seja, os 170 livros sobre Rimbaud e sua obra que andei colecionando ao longo da vida. O primeiro foi naquele longínquo 1952 quando adquiri na Livraria da Maison de France o ARTHUR RIMBAUD – POÈTES D´AUJOURDHUI, de Claude Edmonde Magny, das edições Pierre Sehghers, responsável por minha descoberta da prosa revolucionária de UNE SAISON EM ENFER. Em 1966, quando fui pela primeira vez à França, adquiri nos bouqinistes do Sena as POÉSIES, edição popular de Aux Quais de Paris, de capa amarela, que passou a acompanhar-me por todas as residências que tive no Brasil e no Exterior. Ao longo dos anos fui amealhando tudo o que podia sobre Rimbaud e sua criação literária, desde as obras completas nas várias edições francesas, bem como as italianas e de língua inglesa; e uma infinidade de estudos, ensaios, edições críticas, facsimiles, sem falar nas biografias e documentação iconográfica. Agora, dei por concluída a tradução integral da obra de Rimbaud, com o terceiro volume, CORRESPONDÊNCIA, editado pela Topbooks em 2009. Esse trabalho  me tocou profundamente,  pois de novo acompanhei, naquelas cartas, todo o sofrimento de Rimbaud até seu lastimável fim no Hospital de la Concepcion, em Marselha, a 10 de dezembro de 1891. O câncer no joelho, a amputação da perna, toda  essa desgraça, mais que a luminosa trajetória do poeta, me vinha à lembrança cada vez que tirava os olhos da tela de meu computador e via logo atrás, dispostos em duas longas prateleiras da estante, esses livros que amei, que li e reli, que anotei, que percorri página a página em busca de esclarecimentos, comprovações e argúcias críticas que me pudessem ajudar a melhor penetrar a sua obra. Pois acabo de realizar esse meu grande intento.

Ontem, dia 17 de novembro de 2011, a bibliotecária do CCBB veio recolher os volumes doados que passarão a integrar uma estante denominada BIBLIOTECA IVO BARROSO na seção de obras raras daquela instituição. À minha frente agora, só duas longas prateleiras vazias, à espera de hóspedes mais felizes, mas certamente menos geniais. A relação dessas obras vai transcrita abaixo com a informação de que os leitores interessados em compulsar aqueles volumes poderão fazê-lo no âmbito da biblioteca, estando contudo vedado o empréstimo a domicílio. O CCBB pretende fazer um pequeno ato público de entrega desses livros com uma curta palestra sobre o conteúdo deles e sua importância no conhecimento da obra de Rimbaud. A data será oportunamente fixada.

RELAÇÃO DOS LIVROS DOADOS AO CCBB-RIO

1) Rimbaud – Oeuvres Complètes – Rolland de Renéville et Jules Mouquet – Bibliothèque de la Plêiade – 1954

2) Rimbaud – Oeuvres Complètes – Antoine Adam – Bibliothèque de la Plêiade – 1972

3) Oeuvres de Rimbaud – Suzanne Bernard – Éditions Garnier – 1960

4) Oeuvres de Rimbaud – S. Bernard e A. Guyaux – Classiques Garnier – 1991

5) Arthur Rimbaud – Oeuvres Completes – Pierre Brunel  – Le Livre de Poche – 1999

6) Arthur Rimbaud – Oeuvres Completes / Correspondence – Louis Forestier – Robert Lafont – 2004

7) Arthur Rimbaud – Oeuvre-Vie – Alain Borer – arléa – 1991

8) Rimbaud – Opere complete – Mario Richter – Einaudi-Gallimard -1992

9) Arthur Rimbaud – Opere – Diana Grange Fiori – Arnaldo Mondadori – 1975

10) Arthur Rimbaud – Opere – Ivos Margoni – Feltrinelli – 1988

11) Rimbaud – Opere in verso e in prosa – Dario Bellezza – Garzanti – 1989

12) Rimbaud – Tutte le poesie – G. Nicoletti / Laura Mazza – Tasccabili Newton – 1989

13) Arthur Rimbaud – Le Illuminazioni e Uma Stagione all´Inferno – Anna Luisa Zazo – Biblioteca Universale Rizzoli – 1961

14) Arthur Rimbaud – Illuminazioni – Ivos Margoni / Cesare Colletta – Rizzoli – 1988

15) Rimbaud – la vita la poesia i testi esemplari – Ruggero Jacobbi – Edizioni Accademia – 1974

16) Rimbaud – Complete Works, Selected Letters – Wallace Fowlie – University of Checago Press – 1966

17) Arthur Rimbaud – Complete Works – Paul  Schmidt – Harper Colophon Books – 1976

19) Arthur Rimbaud – Collected Poems – Oliver Bernard – Penguin Books – 1987

20) Rimbaud – A Season in Hell / The Illuminations – Enid Rhodes Peschel – Oxford Paperbacks – 1974

21) A Season in Hell & Illuminations – Poems by Arthur Rimbaud – Bertrand Mathieu – BOA Editions – 1991

22) A Season in Hell and The Drunken Boat – by Arthur Rimbaud – Louise Varèse – New Directions Paperbook – 1961

23) Rimbaud – Illuminations and other prose poems – Louise Varèse – New Directions Paperbook – 1957

24 ) Baudelaire / Rimbaud / Verlaine – Selected Verse and Prose Poems – Joseph M. Bernstein (Norman Cameron) – The Citadel Press – s/d

25) Arthur Rimbaud – Poesía completa – Alberto Manzano – Edicomunicación.S.A. – 1994

26)Arturo Rimbaud – Obra Poética –E. M. S. Danero – Librería Perlado – 1959

27) A. Rimbaud – Iluminaciones – Cintio Vitier – Visor Madrid – 1980

28) J. Arthur Rimbaud – Una Temporada en el Infierno – Gabriel Celaya – Visor Madrid – 1985

29) Arthur Rimbaud – Una temporada en el infierno – Oliverio Girondo y Enrique Molina – General Fabril Editora – 1959

30) J. A. Rimbaud – Una temporada en el infierno – J. Farrel – Editorial Sêneca – s/d

31) Arthur Rimbaud – Lyrik och prosa –  Gunnar Ekelöf – Fórum Pocket – 1972

32) Arthur Rimbaud – une saison en enfer – collection ouroboros – s/d

33) Poesies Rimbaud – Patrick Olivier – Hatier – 1977

34) Arthur Rimbaud – Poesies – Aux Quais de Paris – 1966

35) Rimbaud – oeuvres poétiques – Michel Décaudin – Garnier-Flammarion – 1964

36) Rimbaud – Jean-Baptiste Baronian – L&PM pocket – 2011

OBRAS RARAS E VALIOSAS 

37) Colonel Godchot – Arthur Rimbaud ne varietur 1854-1871 – Chez l´auteur – 1936

38) A. Rolland de Renéville – Rimbaud le voyant – Denoël et Steele – 1929

39) Rolland de Renéville – Rimbaud le voyant – La Colombe – 1947

40) Jean Teulé – Rainbow pour Rimbaud – Julliard – 1991

41) Delahaye témoin de Rimbaud – F.Eigeldinger/André Gendre – A la Baconnière – 1974

Biografias

42) Arthur Rimbaud – Enid Starkie – A New Directions Paperbook – 1968

43) Enid Starkie – Rimbaud – tr. Francesa de Alain Borer – Flammarion – 1982

44) Pierre Petitfils – Rimbaud – Biographie – Julliard – 1982

45) Jean-Luc Steinmetz – Arthur Rimbaud – une question de presence – Tallandier – 1991

46) Jean-Jacques Lefrère – Arthur Rimbaud – Fayard – 2001

47) Jean-Jacques Lefrère – Arthur Rimbaud – Correspondance – Fayard -2007

48) Graham Robb- Rimbaud, a biography – W. W.Norton & CO. – 2000

49) Charles Nicholl – Rimbaud na África – Nova FRonteira – 2007

50) Claude Edmonde Magny – Arthur Rimbaud – poetes d´aujourd´hui –  Pierre Seghers – 1952

51) Yves Bonnefoy – Rimbaud par lui-même – éditions du seuil- 1970

52) Jacques Rivière – Rimbaud – Dossier 1905-1925 – Gallimard – 1977

53) Benjamin Fondane – Rimbaud le voyou –Éditions Complèxe – 1990

54) Madeleine Perrier – Rimbaud: Chemin de la creation – Gallimard – 1973

55) Alain Jouffroy – Arthur Rimbaud et la liberté libre – Éditions do Rocher – 1991

56) StanilasFumet – Rimbaud mystique contrarié – Plon – 1966

57) Michel Butor – Improvisations sur Rimbaud – Éditoons de la Différence – 1889

58) P.Petitfils – L´Oeuvre et le visage d´Arthur Rimbaud – Nizet – 1949

59) Etiemble – Le mythe de Rimbaud – Genèse du mythe – 1869-1949 – Gallimard – 1968

60) Etiemble – Le mythe de Rimbaud – Structure du myrhe – Gallimard -1961

61) Etiemble – Le mythe de Rimbaud – L´année du centenaire – Gallimard – 1967

62) Etiemble – Rimbaud, système solaire ou trou noir? – Puf écrivains – 1984

63) Etiemble et Yassu Gsauclère – Rimbaud – Gallimard – 1950

64) Etiemble – Le sonnet des voyelles – Gallimard – 1968

65) Charles Henry L. Bodenham – Rimbaud et son père – Les Belles Lettres – 1992

66) Victor Segalen – Le Double Rimbaud – A Fontfroide – 1986

67) Steve Murphy – Rimbaud et la menagerie impériale – Editions du CNRS – 1991

68) Steve Murphy – Le Premier Rimbaud ou l´apprentissage de la subversion – Editions du CNRS – 1990

69) Antoine Fongaro – Rimbaud: texxte, sens et interpretations – Presses Universitaires du Mirail – 1994

70) Pierre Brunel – Arthur Rimbaud ou l´éclatant desastre – Champ Vallon – 1978

71) André Guyaux – Duplicités de Rimbaud – Champions-Slatkine – 1991

72) Revue d´histoire littéraire de la FRance – Rimbaud et son temps – Sarmand Colin – 1992

73) L´ABCdaire de Rimbaud – Pierre Chavot – Flammarion – 2001

74) Henning Boëtius – El corazón robado – Seix Barral – 1996

75) Charles Mauras – Barbarie et poésie – Arthur Rimbaud – Nouvelle Librairie Nationale – 1925

76) Rimbaud por ele mesmo – Martin Claret – s/d

77) Rimbaud – Um Estação no Inferno – tr. Xavier Placer – M.E.S – 1952 – quatro exemplares

78) Arthur Rimbaud – Uma Estadia no Inferno – tr. Ivo Barroso – Civilização – 1977 – quatro exemplares

79) Idem- 2ª. edição – 1983 – 2 exemplares

80) Uma época no inferno – tr. Mário Cesariny de Vasconcelos – Portugália Editora – 1960

81) Iluminações / Uma cerveja no inferno – tr. Mário Cesariny – Assírio & Alvim – 1989

82) Iluminações  Uma temporada no inferno – tr. Lêdo Ivo – Civilização – 1957

83) Uma estadia no Inferno – Poemas escolhidos – A Carta do Vidente – tr. Daniel Fresnot – Martin Claret – 2005

84) Uma temporada no inferno & Iluminações – tr. Ledo Ivo – Francisco Alves – 1982

85) Uma temporada no inferno – tr. Paulo Hecker Filho – L&PM – 1997

86) O Rapaz Raro – iluminações e poemas – tr. Maria Gabriela Llansol – Relógio d´Água – 1998

87) 35 poemas de Rimbaud – tr. Gaëtan Martins de Oliveira – Relógio d´Água – 1991

88) Rimbaud da América e outras iluminações – Maurício Salles Vasconcelos – Estação Liberdade – 2000

89) Rimbaud – Illuminations – GF Flammarion – 1989

90) Rimbaud – Dominique Rincé – Nathan – 1992

91) Autour de Rimbaud – C. A. Hackett – Librairie C. Klincksieck – 1967

92) Madame Rimbaud – Suzanne Briet – Lettres modernes – 1968

93) Vitalie Rimbaud – Claude Jeancolas – Flammarion – 2004

94) Madame Rimbaud – Françoise Laland – Presses de la Ranaissance – 1987

95) A Correspondência de Arthur Rimbaud – tr. Alexandre Ribondi – L&PM – 1983

96) Rimbaud en son temps – Marcelin Pleynet – Gallimard – 2005

97) Rimbaud – Verlaine – Graças e desgraças – António Moura – Hiena Editora – 1993

98) La vie aventureuse de Jean-Arthur Rimbaud – Jean-Marie Carré – Plon – 1926 OBRA RARA   

99) Correspondance – 1888-1891 – ed. Jean Voellmy – Gallimard – 2004

100) Rimbaud – l´heure de la fuite – Alain Borer – Gallimard – 1991

101) Les Femmes de Rimbaud – Jean-Luc Stinmetz – Zulma – 2000

102) I promise to be good – tr. Wyatt Mason – Modern Librry – 2004

103) Lettres de la vie littérarire – ed. Jean-Marie Carré – Gallimard – 1931

104) Rimbaud au fil des ans – Pierre Petifils – Musée Rimbaud – 1984

105) The Poetry of Rimbaud – Robert Greer Cohn – USCarolina Press – 1999

106) Jean-Arthur Rimbaud – Le poète – Paterne Berrichon – d. Brunel – Klincksieck – 2004

107) Carnet Rimbaud – Mille et une nuits – 1998

108) Rimbaud – M.-A. Ruff – Hatier – 1968

109) Paul Verlaine – Confissões – e Arthur Rimbaud – tr. Cabral do Nascimento – Relógio d´Água – 1994

110) Rimbaud da Arábia – Alain Borer – tr. Antônio Carlos Viana – L&PM – 1991

111) Rimbaud tel que je l´ai connu – Georges Izambard – Le Passeur – 1947 – OBRA RARA

112) Rimbaud na Abissínia – Alain Borer – tr. Antônio Carlos Viana – L&PM – 1987

113) Bonheur – Paul Verlaine – Mercure de France – 1949 – OBRA RARA

114) Rimbaud no Brasil – org. Carlos Lima – UERJ – 1993 (dois exemplares)

115) Rimbaud Livre – Augusto de Campos – Perspectiva – 1993

116) O tempo dos assassinos – Henry Miller – tr. George Cardoso Ayres – Record – 1968

117) Le Bateau Ivre – Augusto Meyer – Livraria São José – 1955

118) Arthur Rimbaud — Ernest Pignon-Ernest – Editions J.C. Lattès – 1991

119) Rimbaud – Calender – Agenda – Edition Aragon – 1991

120) O barco ébrio – Jayro Schmidt – Bernúncia – 2006

121) Rimbaud le fils – Pierre Michon – Folio – Gallimard – 1991

122) Rimbaud, o filho – Pierre Michon – tr.Juremir Machado da Silva – Ed. Sulina – 2000

123) Arthur Rimbaud para Alain Borer – narrativa em 2 cassetes

124) Os três volumes das obras completas tr. de Ivo Barroso – Topbooks – 1994/2009

125) Uma caixa com revistas francesas sobre Rimbaud

126) Uma caixa contendo os originais da tradução de Une Saison em Enfer.

127) Une Saison em Enfer – Edition critique – Pierre Brunel – José Corti – 1987

128) Un Coeur sous une soutane – ed. Steve Murphy – Bibliothèque sauvage – 1991

129) La Prose de Rimbaud – Gilles Marcotte – Boréal – 1989

130) Essais de sémiotique poétique – A. J. Greimas – Larousse – 1972

131) Le Code dantesque dans l´ouevre de R. – Margherita Frankel – Nizet – 1975

132) Rimbaud Projets et Réalisations – Pierre Brunel – Champion – 1983

133) EUROPE – revue littéraire mensuelle – Rimbaud  – 1991

134) Revue des letters modernes – Rimbaud-1 – images et témoins – 1971

135) idem – Une saison en enfer – poétique et thématique – 2 – 1973

136) idem – problèmes de langue – 3 – 1976

137) idem – autour de Villes et Génie – 4 – 1980

138) Conférence – revista – Rimbaud Enluminures´- M. Martineau – 1995

139) Conférence – número dois – printemps 1996

140) SUD – revista – Arthur Rimbaud – Bruits neufs – 1991

141 – revista avan-siècle – 1 – études rimbaldiennes – 1968

142) idem – 2 – les manuscrits de Rimbaud – 1970

143) idem – 3 – études rimbaldiennes – 1972

144) Parade sauvage – études rimbaldiennes – nº 13 – 1996

145) idem – nº14 – mai 1997

146) Circeto – études rimbaldiennes – oct. 1983

147) idem – fev. 1984

148) EUROPE – revista – Rimbaud – 1973

149) La Bataille Rimbaud – Bruce Morrissette – Nizet – 1959

150) L´Herne – documentário Rimbaud – André Guyaux – 1993

151) Le banquet de Rimbaud – Anne-Em. Berger – Champ Vallon – 1992

152) Rimbaud au Japon – Jacques Perrin – Presses univ. de Lille – 1992

153) Le Dictionnaire Rimbaud – Claude Jeancolas – Balland – 1991

154) Dix études sur Une Saison en Enfer – À la Baconnière – 1994

155) Les Deux visages de Rimbaud – Mario Matucci – idem – 1986

156) L´Adolescent Rimbaud – Robert Montal – Le Écrivains réunis – 1954 obra rara

157) Rimbaud and Jim Morrison – Wallace Fowlie – Duke University Press – 1993

158) Rimbaud e Jim Morrison – Wallace Fowlie – Editora Elsevier – 2005

159) Illuminations – edição crítica – André Guyaux – Braconnière – 1985

160) Poétique du fragment – André Guyaux – Baconnière – 1985

161) Le vertige de Rimbaud – Paule Lapeure – Baconnière – 1981

162) Um sieur Rimbaud se disant n[egociant – Alain Borer – Lachenal & Ritter – 1983/84

163) Rimbaud à Aden – Jean-Jacques Lefrère – Fayard – 2001

164) Rimbaud Ailleurs – fotos de Jean-Hugues Berrou – Fayard – 2002

165) Arthur Rimbaud – Oeuvres – René Char – Club français du livre – 1957 OBRA RARA 

166 ) ALBUM ZUTIQUE  – edi;’ao facsimilada – Pascal Pia – Jean-Jacques Pauvert  – 1962 EDIÇÃO RARÍSSIMA DE APENAS 1.500 EXEMPLARES PARA O CERCLE DU LIVRE PRÉCIEUX

167) A E I U O – Rimbaud – vários autores – Hachette – 1968 (iconografia)

168) Rimbaud – l´oeuvre intégrale manuscrite – Claude Jeancolas – Textuel – 1996 (3 volumes)

TOTAL 170 ITENS

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