Ó divino banquete onde foi dada
Toda a glória do Céu por iguaria,
Nunca aparteis desta alma o santo dia
Da morte de meu Deus por mim causada.
Pagando em Cruz o amor, sem dever nada,
Tudo lhe pareceu que nos devia,
No tempo em que de nós se despedia,
Ir-se e ficar numa hóstia consagrada.
Finos toques de amor, raros extremos,
Se os anjos não vos podem entender,
Os que somos humanos que faremos?
Contento-me, Senhor, basta-me crer
Que nessa hóstia sagrada, onde vos vemos,
Mais nem menos no Céu não podeis ser.
Fr. MARTIM DE CASTRO DO RIO — (c. 1548-1613)
Poeta dito “minor”, português, do século XVI, sem dados biográficos
LEIA MAIS SOBRE CORPUS CHRISTI E EUCARISTIA (aqui)
ANTOLOGIA POÉTICA DA GAVETA – A série voltará em junho com os nomes finais (mais oito) na série “de primeira linha” e outros tantos dos chamados “esdrúxulos”. Depois disso, pretendemos fazer uma outra denominada “Grandes Poetas do Brasil”, com informações mais extensas sobre os biografados e uma seleção mais ampla de seus poemas comentados.
Como já ocorrido, a Gaveta completará aniversário (o 8º) em 25 de julho, entrando em seguida em recesso até setembro, isto quer dizer que vamos ter ainda sete postagens semanais até lá.
Ansioso por mais postagens!
Caro Arthur,
além do anunciado acima, ainda tenho uma novidade: estou fazendo uma pesquisa sobre poetas de cada região do Brasil: os primeiros serão do Acre, Amazonas, Roraima e Rondônia. É só esperar mais um pouco.
Abraços,
Ivo Barroso